sábado, 5 de julho de 2014

Revolução

Lá estava ela, na beirada da cama olhando o horizonte, fitando as ondas quebrando no mar.
Lá estava ela, pensamento distante enrolada na bagunça das conchas da cama.
Lá estava ela, perguntando a ele qual é a razão do (a)mar.

Ele como bom apaixonado tentou poetizar com Neruda.
Fez a ela versos, dedicou-lhe música e ainda sim não respondeu sua pergunta.
Qual razão do (a)mar, se não (a)mar.

Ainda insatisfeita com a resposta do rapaz, ela decidiu ir se (infor)mar.
Andou pelas calçadas da praia, conversou com as pessoas e decidiu ir olhar o mar.
Sentada a beira da praia o rapaz a encontrou, disse sem muito pensar: - (A)mar é a nossa revolução.

Dado essa definição os dois se entreolharam, a moça compreendeu que o amor é a mudança, é organização de estrutura não só de uma sociedade, mas sim da vida entre duas ou mais pessoas.
E desde então eles procuram (procl)amar a revolução.