A ansiedade comeu
meu nome, sobrenome,
minha presença,
meu lar, e a minha
linguagem.
Enrijeci, estremeci, sumi...
a respiração falhou,
o coração bambeou
parecia um ataque cardíaco.
faltaram palavras, sons, ar
e no fim, eu vi escuridão.
Mãos me agarraram, os afetos,
os amigos, amores me deram
a mão.
Formaram rede, e eu por sorte, não
(dessa vez) caí, mas lagrímas
caíram, ao olhar para o vazio.
Apesar dos pesares, eu existo, e
a ansiedade, não tem meu nome.