Vestiu-se de branco, simbolicamente para atrair paz.
Passou uma maquiagem leve, pesada só na boca,
ela precisava aparentar cobiça, então a pintou
de vermelho carmim.
Ao descer as escadarias do salão, onde todos a
esperavam o pianista começa a tocar o seu hino.
Todos levantam para apreciar tamanha beleza,
entre sua multidão simplista comparada a ela.
Eu lembro de que nessa hora, eu parei para olhar
o rosto daquele rapaz, que estava do outro lado
a sua espera, com os olhos marejados não sei dizer
se era de felicidade ou medo.
Na hora do sim, ela fitou seus olhos e ele em um gesto
carinhoso, pegou a mão direita de sua companheira,
deu um beijo demorado em seu dedo anelar, suspirou algo
que parecia ser um pedido de desculpas e foi embora.
A dama de branco, não demonstrou nada.
Era como se já estivesse tudo planejado.
E o casamento que deveria acontecer, foi transformado
em um desastre igual das novelas das oito.