segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Retratos de um amor perdido

As 22:00, pego o relógio de bolso, subo para a laje do prédio e me deparo com a cidade iluminada, com uma multidão de pessoinhas na praça e me pergunto: - Será que você está ali? - mas não importa, não faz diferença estar ali ou não, porque o seu caminho não cruza mais com o meu desde a última vez. E então quando me dou conta estou devaneando sobre nosso último encontro e tudo que foi dito e prometido anteriormente,  todo o amor que um dia existiu ali havia se dissipado porque o dialogo que reinava não dava espaço para tratar de sentimentos, sendo assim nos demos conta de que não haveria motivos para continuar, mesmo tendo ciência de que não seria fácil. Porque nunca é fácil.
As flores já viraram sementes novamente, porque você não vai voltar, a água que as regaram foram as minhas lágrimas após sua despedida, tenho gravado em minha memória seu adeus, não é algo que me queixo, só não vou ficar te esperando e o porque nós dois sabemos bem, mas caso me perguntem se  te amo, juro que não saberei responder sem que os meus olhos marejam.
Me virei para ir embora, pego novamente o relógio no bolso para analisar a passagem do tempo enquanto estive ali. E de repente ele parou, lá estava você na minha frente dizendo que queria se jogar, mas não entendi se era do prédio ou em mim.